Passei, ou melhor, estou passando por um momento vazio de criações textuais, e isso é um problema, considerando que não me agrada a idéia de não manter isso aqui atualizado.
Pois bem, hoje me senti motivada a escrever sobre uma situação banal... quase mínima, onde a infelicidade se encontra puramente nesse ''quase'', eis a dita cuja: A falta de um carregador de celular.
Impressiono-me às vezes, por mais incrível que isso possa parecer nos dias atuais, em como somos dependentes das tecnologias, a ponto de um ser humano não se sentir seguro para dormir sabendo que poderá perder a hora no dia seguinte. E em função disso resolver ir escrever no seu blog em plena 23:30 de um domingo.
Atual expressão do mundo ativo, vulgo, relógio, se tornou um disciplinador das massas, e para alegria geral, inventou-se ainda um desconstrutor de sonhos o agradabilíssimo D-E-S-P-E-R-T-A-D-O-R, pequeno porrete sonoro que agride com estridencia as profundezas do cérebro adormecido tornando a pontualidade uma virtude e o atraso um pecado. Hoje embutido no seu celular.
O que antigamente era feito naturalmente com o simples raiar do sol... e um galo, talvez, hoje se faz por um celular, quem ainda usa um relógio despertador na beirada da cama??
Fomos substituindo as coisas mais simples da vida aos poucos, por uma tecnologia viciante capaz de nos deixar desnorteados com sua falta, num impasse extremamente ridículo
Trocamos o Sol por galo, galo por sino, sino por relógio, relógio por celular, e enfim onde está o carregador agora ???
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